sexta-feira, 18 de abril de 2014

Diário de Bordo: 1º - 17 de abril de 2014

Muita coisa rolou nos últimos 15 dias.

A falta de tempo me fez tirar as piores notas até agora na faculdade. Previsível, mas não me acomodo. O pouco tempo livre que me resta está tomado pelo excesso de provas, avaliações e atividades impostas pelos colégios. Há momentos em que acho que é tudo muito exagerado e cruel tanto para nós professores quanto para quem estuda.

Tudo ficou cinza e triste com a morte de uma grande amiga. E eu que me acho muito forte ou insensível, me vejo em sofrimento e dor com essa perda. É estranho.

"Já não sei dizer
Se ainda sei sentir
O meu coração
Já não me pertence
Já não quer mais
Me obedecer
Parece agora estar
Tão cansado quanto eu"

Manter o sorriso no rosto durante as aulas têm sido um esforço. Sei bem que uma fatia grande da minha vida deve ser deixada do lado de fora das salas de aula, de preferência trancada, acorrentada, amordaçada e vendada. Já em casa... já na vida...

Nas escolas, quanto ao andamento das aulas, o bonde segue sua nau. Depois de três meses, chegamos ao fim do I bimestre (oi?). E já nos conhecemos melhor, alunxs e eu. Aquele estranhamento inicial, em especial dxs novatxs, passou. Começa agora a parte que me interessa e apraz: confiança, amizade, lealdade... e juntos vamos construindo aos poucos o futuro. De ambas as partes.

Dada a falta de tempo e a melancolia dos últimos dias (meses?), tenho atrasado um pouco as publicações no blog. Mas fico feliz quando alguém pergunta/comenta em sala de aula sobre as atualizações. Fora a quantidade de acessos (controlo pelas estatísticas do site). Estar em contato direto com vocês fora da sala de aula, contribuindo com material e apoio, é fundamental. E tem sido gratificante.

Não vou escrever muito hoje porque são dias de chumbo. Escuros e pesados. E meu riso tem sido forjado, acho. Talvez em breve eu volte a ser quem eu sou, ou quem eu era. Nunca saberei. Nunca saberão. Nunca saberemos/caberemos.