quinta-feira, 2 de junho de 2011

Mais um mês...



Ansioso pelas férias, mas tranquilo. Sem máscaras, sem obrigação de satisfazer, sem ter que estar bem humorado em tempo integral, sem controlar se falo palavrão ou não, sem ficar medindo o tempo, sem pensar em papéis, provas, correções, materiais, reuniões, planejamentos...

E se fizer um friozinho à noite, melhor ainda : )

quarta-feira, 1 de junho de 2011

"Há muito tempo eu vivi calado / mas agora resolvi falar"


Tenho andado insatisfeito com minha profissão em alguns aspectos. Nada que, por ora, me faça desistir ou querer abandonar, mas há sim os momentos em que eu penso que não vale a pena.

Vai chover gente dizendo que “uau, mais um texto de professor reclamando da vida que escolheu” – mas não é bem por ai.

Estamos vivendo uma época louca como nunca antes. Deixamos, há muito, de ser educadores e passamos a ser mão de obra e só. E essa é a visão dos alunos, dos pais dos alunos, e dos donos de escola, coordenadores, diretores...

Querem que nós, professores, entremos em salas de aulas lotadas, e com apenas uma ou duas aulas semanais, façamos aquela mágica de aprovação massificada em todos os vestibulares do país.

Realidade: ignoram que em TODAS as escolas que eu trabalho (subúrbio e/ou bairros nobres) tenho alunos de III ano que insistem em confundir “mas”/“mais”, “e”/“é”, e começam frases com letra minúscula, por mais que eu venha sempre (de maneira humorada) chamando a atenção para esse tipo de erro básico. Imagine o resto...

Há, claro, alunos geniais, coordenadores fantásticos, pais em constante trabalho paralelo educacional com as escolas. E, claro também, isso não acontece sempre (graças a deus). Fique evidenciado aqui que não estou reclamando dos meandros óbvios da profissão. Mas chegamos a um tempo em que vai além.

As escolas vendem para os pais que utilizam um método humanitário e eu me pergunto: o que há de humano numa rotina massacrante que sequer te permite tempo para conhecer o aluno? 32 salas de aula por semana, 50 alunos em cada, uma aula por semana em cada sala, e ainda querem mesmo que nós saibamos o nome de cada um dos alunos? Isso é o “ambiente humanitário e consciente”?

Prefiro mesmo conhecer bem uns 10 em cada sala, aqueles que, pra minha sorte, mais se afinizarem comigo (e não o oposto), e poder ajudá-los além da minha matéria. Prefiro mesmo ter feito como no dia que aconselhei uma aluna/amiga que havia sido espancada pelo padrasto. Ou na noite que encontrei um aluno bêbado num bar e dei carona pra ele até sua casa. Meu aluno costuma virar meu amigo. Ponto.

Inclusive, certa vez, uma diretora ao conversar comigo sobre meus métodos nem sempre ortodoxos dentro de sala de aula, me questionou sobre uma abordagem utilizada numa aula. Disse ela “não é esse o seu diferencial, o seu ‘cartão de visitas’?”, num tom de ironia que humanitários não deviam usar. Eu não respondi. Fiquei mudo. Hoje, tempos depois, penso que devia ter dito a verdade: meu “cartão de visita” é o fato de que eu entendo meu aluno.

Não sou um professor de fachada, minha aula não é “show”, tenho falhas, sou humano e verdadeiro. Mas não sei vender um produto no qual eu não acredito. E me vejo sempre no mesmo barco que meus alunos. Meus amigos. Se esse barco afunda, eu afundo junto.

O que me fez escolher e ficar com essa profissão é mesmo a possibilidade de nos tornarmos (eu e meus alunos, coordenadores, diretores, donos de escola, faxineiros, e coligados) pessoas melhores. Agora, se só eu acredito nessa possibilidade... qual o sentido? Vender aprovação “garantida” no vestibular? Qual é...

quinta-feira, 31 de março de 2011

Humores

Bom? Bem? Mau? Mal?

Achei uma boa dica na internet. Proibidos de errar novamente, hein galere! :p

É só substituir pelo antônimo (contrário)
Se der bem, então usa-se MAL
Se der bom, então usa-se MAU.

Ex:
Bom humor, MAU humor: corretos
Bem humor, MAL humor: incorretos

Bom humorada, Mau humorada: incorretos
Bem humorada, Mal humorada: corretos

É regra e vale para todas as frases que tenham "mal" ou "mau" e "bem" ou "bom".